Morreu hoje um grande escritor, o chileno Luís Sepúlveda, vítima da doença COVID-19.
Luís Sepúlveda nasceu em Ovalle, no Chile, a 4 de outubro
de 1949. Da sua vasta obra, toda ela traduzida em Portugal, destacam-se os
romances O Velho que Lia Romances de Amor
e História de uma Gaivota e do Gato que a
Ensinou a Voar. Mas todos os seus livros conquistaram em todo o mundo a
admiração de milhões de leitores.
Para além de romancista, foi realizador, roteirista,
jornalista e ativista político. Em 1970 venceu o Prémio Casa das Américas pelo
seu primeiro livro, Crónicas de Pedro Nadie. Em 2016, recebeu o Prémio Eduardo
Lourenço que visa galardoar personalidades ou instituições com intervenção
relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica, uma honra que definiu
como «uma emoção muito especial».
Membro ativo da Unidade Popular chilena nos anos 70, teve
de abandonar o país após o golpe militar de Augusto Pinochet. Viajou e
trabalhou no Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Peru. Viveu no Equador entre
os índios Shuar, participando numa missão de estudo da UNESCO. Em 1979
alistou-se nas fileiras sandinistas, na Brigada Internacional Simon Bolívar,
que lutava contra a ditadura de Anastácio Somoza. Depois da vitória da
revolução sandinista, trabalhou como repórter.
Em 1982 rumou a Hamburgo, movido pela sua paixão pela
literatura alemã. Nos 14 anos em que lá viveu, alinhou no movimento ecologista
e, enquanto correspondente da Greenpeace, atravessou os mares do mundo, entre
1983 e 1988. Em 1997, instalou-se em Gijón, em Espanha, na companhia da mulher,
a poetisa Carmen Yáñez.
Luís Sepúlveda vendeu mais de 18 milhões de exemplares em
todo o mundo e as suas obras estão traduzidas em mais de 60 idiomas.
(Informação retirada de
https://www.wook.pt/autor/luis-sepulveda/6581)
A melhor forma de homenagear o escritor é ler as suas obras.
Aqui podem ouvir duas das suas entrevistas, na sua passagem
por Portugal.
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